quinta-feira, 1 de março de 2012

Trabalho Ocupacional


O Centro de Atividades Ocupacionais da Horta, atualmente, é constituído por 30 utentes com diversos graus de deficiência mental e/ou física (ligeira, moderada ou severa).

Neste centro são realizadas variadas atividades desportivas, culturais e ocupacionais (cozinha, reciclagem, carpintaria, jardinagem, entre outras). Neste sentido foi proposto a este Centro uma parceria com o Parque Natural do Faial, em que este disponibilizará a matéria-prima (como por exemplo o bambo, considerado uma espécie invasora) com o intuito de os utentes produzirem objetos para futura venda e assim angariação de fundos.

Porque um dos objetivos principais de um CAO é a valorização pessoal e social destas pessoas e o desenvolvimento máximo das suas capacidades, alguns destes utentes (de acordo com as suas potencialidades), recentemente, começaram a desempenhar funções a nível do trabalho ocupacional, uns dentro da Instituição outros no exterior (comunidade).

No passado mês de Fevereiro uma equipa do Centro de Atividades Ocupacionais em parceria com o Dr. João Duarte do IDSA iniciou um trabalho de seleção dos utentes a trabalhar dentro da Instituição.

 De acordo com os gostos e potencialidades e com a devida autorização dos responsáveis, foram selecionados os seguintes utentes, Bruno Amaral no Economato (distribuição da mercadoria), Carlos Silva e Flávio Martins na Reciclagem (lavagem das embalagens de leite usadas, acondicionamento das mesmas e de caixotes), Paulo Cabral na Manutenção dos espaços exteriores (tratamento dos jardins), Catarina Vidinha na Lavandaria (arrumo e distribuição da roupa), Sandra Silva na Copa/Refeitório do Lar (limpeza do refeitório e distribuição dos lanches aos idosos) e Cecília Veríssimo no Bar (lavagem da loiça).

            Posteriormente, iniciou-se a seleção e preparação dos utentes para o trabalho ocupacional fora da instituição. Dado que este trabalho acontece na comunidade, fora da zona de conforto e sem os colaboradores de referência, foram escolhidos quatro utentes que, dada as suas capacidades e por serem mais autónomos, adaptaram-se perfeitamente aos seus locais de trabalho. São eles, Marco Santos no Bar da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Manuel Gomes no Bar da Secretaria da Agricultura e Florestas, Euclides Martins nas oficinas da Câmara Municipal da Horta (lavagem de carros), e por fim a Melissa Bettencourt na Câmara Municipal da Horta (distribuição de correspondência).

            Regularmente, é feita a avaliação do desempenho destes clientes pela equipa. As reações, até então, têm sido muito positivas, quer as dos utentes, quer as dos funcionários que trabalham com os mesmos, considerando-os como uma ajuda.

Em suma, é de salientar que com os cuidados próprios a inserção das pessoas com deficiência em espaços laborais pode ser um sucesso.
Sofia Braia

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