O
Centro de Atividades Ocupacionais da Horta, atualmente, é constituído por 30
utentes com diversos graus de deficiência mental e/ou física (ligeira, moderada
ou severa).
Neste
centro são realizadas variadas atividades desportivas, culturais e ocupacionais
(cozinha, reciclagem, carpintaria, jardinagem, entre outras). Neste sentido foi
proposto a este Centro uma parceria com o Parque Natural do Faial, em que este
disponibilizará a matéria-prima (como por exemplo o bambo, considerado uma
espécie invasora) com o intuito de os utentes produzirem objetos para futura
venda e assim angariação de fundos.
Porque
um dos objetivos principais de um CAO é a valorização pessoal e social destas
pessoas e o desenvolvimento máximo das suas capacidades, alguns destes utentes (de
acordo com as suas potencialidades), recentemente, começaram a desempenhar
funções a nível do trabalho ocupacional, uns dentro da Instituição outros no
exterior (comunidade).
No
passado mês de Fevereiro uma equipa do Centro de Atividades Ocupacionais em
parceria com o Dr. João Duarte do IDSA iniciou um trabalho de seleção dos
utentes a trabalhar dentro da Instituição.
De acordo com os gostos e potencialidades e
com a devida autorização dos responsáveis, foram selecionados os seguintes utentes,
Bruno Amaral no Economato (distribuição da mercadoria), Carlos Silva e Flávio
Martins na Reciclagem (lavagem
das embalagens de leite usadas, acondicionamento das mesmas e de caixotes), Paulo Cabral na Manutenção dos espaços exteriores (tratamento dos jardins), Catarina Vidinha na Lavandaria (arrumo e distribuição da roupa), Sandra Silva na Copa/Refeitório
do Lar (limpeza do refeitório e distribuição dos lanches aos idosos) e Cecília Veríssimo no Bar (lavagem da loiça).
Posteriormente, iniciou-se a seleção
e preparação dos utentes para o trabalho ocupacional fora da instituição. Dado
que este trabalho acontece na comunidade, fora da zona de conforto e sem os
colaboradores de referência, foram escolhidos quatro utentes que, dada as suas
capacidades e por serem mais autónomos, adaptaram-se perfeitamente aos seus
locais de trabalho. São eles, Marco Santos no Bar da Assembleia Legislativa Regional dos Açores,
Manuel Gomes no Bar da Secretaria da
Agricultura e Florestas, Euclides
Martins nas oficinas da Câmara Municipal
da Horta (lavagem de carros), e por fim a Melissa Bettencourt na Câmara Municipal da Horta (distribuição
de correspondência).
Regularmente, é feita a avaliação do
desempenho destes clientes pela equipa. As reações, até então, têm sido muito
positivas, quer as dos utentes, quer as dos funcionários que trabalham com os
mesmos, considerando-os como uma ajuda.
Em
suma, é de salientar que com os cuidados próprios a inserção das pessoas com
deficiência em espaços laborais pode ser um sucesso.
Sofia Braia
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